Métodos de Pesquisa Laboratório de Abelhas - USP |
|||||
-
Item 01 - MÉTODOS 1) Coleta, herborização e identificação de plantas e coleta de grãos de pólen. 3) Análise e descrição do grão de pólen 4) Preparação de amostras de mel seguida por identificação e contagem dos grãos de pólen. 5) Correção das porcentagens de grãos de pólen em relação ao volume 7) Análise do efeito inibidor de méis em relação a diversos micro-organismos. |
7)
Análise do efeito inibidor de méis em relação
a diversos micro-organismos.
Os méis possuem, naturalmente, microorganismos que dependendo do tipo e quantidade, podem alterar a qualidade do produto final. Os méis podem conter esporos de fungos, leveduras e bactérias. Embora esses microorganismos não possam crescer no mel, excetuando-se alguns fungos e leveduras, eles sobrevivem no mel e podem ser transferidos para o novo produto onde o mel está sendo adicionado, como alimentos, medicamentos e cosméticos, e aí se desenvolverem. Esporos estão presentes em todos os locais, mesmo nos méis armazenados no interior dos ninhos, e são provenientes de fontes como o próprio pólen, o trato digestivo das abelhas, ar, terra e do néctar. Outros tipos de microorganismos podem ser adicionados aos méis após a sua coleta, e é possível que eles sobrevivam por semanas. Fontes posteriores de contaminação podem ser o ar, a manipulação, equipamentos e material de construção sem higiene adequada. Os méis das abelhas têm sido utilizados pela humanidade, como adoçante e também por suas propriedades medicinais, destacando-se as características anti-sépticas e bactericidas. A análise antibacteriana de méis pode ser testada segundo diferentes métodos. O mais comum deles consiste em espalhar sobre placa de agar nutritivo adicionado das várias concentrações de mel (5-25%), quatro gotas da solução bacteriana, previamente desenvolvida por 24h a 37ºC, conforme método do DOF (1977). Outro método é o da aplicação sobre a placa de agar nutritivo, com a solução bacteriana, de discos de papel de filtro de 6mm de diâmetro, embebidos nas concentrações de méis. Quando ocorre inibição aparece um halo ao redor do disco. Os méis das abelhas Apis mellifera têm sido os mais testados. Comparações com méis de abelhas sociais nativas brasileiras, os meliponíneos, demonstraram que os méis respondem diferentemente às cepas de bactérias e que, no geral, os méis de meliponíneos possuem uma capacidade bacteriostática e bactericida maior que os de Apis (Cortopassi-Laurino & Gelli 1991). Referências CORTOPASSI-LAURINO, M. & GELLI, D.S. 1991. Analyse pollinique, proprietes physico-chimiques et action antibacterienne des miels d'abeilles africanisees A. mellifera e et de Melipones du Bresil. Apidologie, v.22, p.61-73. MARTINS SCS et al. 1997. Atividade antibacteriana em méis de abelhas africanizadas (Apis mellifica) e nativas (Melipona scutellaris, M. subnitida e Scaptotrigona bipunctata) do estado do Ceará. Higiene alimentar vol.2, n.52, p.50-3. |