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Métodos de Pesquisa

Laboratório de Abelhas - USP

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- Item 04 -
Manejo básico das colônias em laboratório

MÉTODOS

1) Transferência de ninhos

2) Alimentação artificial

3) Detectando e eliminando parasitas

4) Preparo de material para coleção

3) Detectando e eliminando parasitas

Os parasitas mais comuns nas colônias de abelhas sem ferrão são os forídeos, insetos que pertencem à ordem Diptera. Há diversos gêneros que podem frequentar as colônias: Pseudohypocera, Aphiochaeta, Melitophora e Melaloncha.

Os Pseudohypocera e a Melaloncha sinistra são os forídeos mais comuns no Brasil. Os adultos são moscas bem pequenas e ágeis e nesta fase, não trazem dano à colmeia. Porém, na fase larval elas são capazes de destruir uma colmeia se estiverem presentes em grande número. Elas são pequenas e vorazes e comumente se localizam nos potes de pólen, podendo também atacar os favos de cria.

Se na colmeia existir mel extravasado, potes de pólen e/ou favos de cria rompidos o perigo de infestação por forídeos é bastante grande. Por isso é necessário tomar muito cuidado na manipulação da colmeia.

Se o ataque de larvas de forídeos ocorrer, deve-se tomar os seguintes cuidados:

- limpar bem a colônia atacada com guardanapos de papel secos ou umedecidos;

- retirar as larvas de forídeo com uma espátula ou pinça;

- remover o pólen, os favos de cria danificados, os depósitos de lixo e tudo o mais que possa atrair os forídeos;

- o pólen e o mel derramado sobre os potes podem ser removidos lavando os potes com água corrente;

- os potes de pólen podem ser removidos e guardados na geladeira para depois serem devolvidos à colmeia quando a infestação tiver sido controlada.

Algumas armadilhas podem ser desenvolvidas para os forídeos adultos. Consistem basicamente em um pequeno tubo de plástico em cuja tampa são feitos vários furos menores que as abelhas. No interior desse tubo é colocado um pouco de vinagre. Esse tubo é então colocado dentro da colmeia de tal forma que os forídeos possam passar para o seu interior mas as abelhas não. Ao serem atraídos pelo vinagre eles entram dentro do tubo e não conseguem mais sair. Essas armadilhas podem também ser colocadas no ambiente onde estão localizadas as colmeias e nesse caso, podem ser construídas com garrafas plásticas com um pouco de vinagre no fundo e em cuja superfície são feitos furos pequenos.

Referência

Brian Brown's Phorid Research Projects: http://www.phorid.net/phoridae.html