AS
ABELHAS (ORDEM HYMENOPTERA)
O sucesso
na produção de culturas como laranja, maçã,
café, etc., se deve muito ao trabalho destes insetos, que
é o agente polinizador mais importante. Embora a maioria
das pessoas julgue existir um só tipo de abelha, na verdade
há mais de 30.000 espécies, de várias cores,
tamanhos, apresentando diversos graus de socialidade.
As
abelhas sociais no Brasil são as abelhas indígenas
sem ferrão (meliponíneos), as abelhas do gênero
Apis e as mamangavas.
As
colônias das abelhas sociais são formadas por uma rainha
fecundada, operárias e machos. 0 material principal de construção
é a cera, que é fabricada por glândulas abdominais
das abelhas. A rainha põe os ovos, que vão se transformar
em larvas, pupas e adultos como mostra o esquema ao lado. Chamaremos
a esse tipo de desenvolvimento de holomet?olo que ?diferente do
hemimet?olo, apresentado, por exemplo, pelas baratas, onde as formas
imaturas s? ativas e independentes.
A rainha
também controla algumas funções das operárias
através da fabricação de substâncias
químicas, denominadas feromônios. No gênero Apis,
por exemplo, os feromônios da glândula mandibular inibem
a construção de células reais e o desenvolvimento
dos ovários das operárias.
Em
todas as abelhas sociais as operárias cuidam das várias
tarefas da colônia, através de uma divisão de
trabalho. Estas seguem geralmente uma seqüência determinada
pela idade: trabalho com construções, cuidado com
a prole, recepção de néctar, atividade de guarda
e coleta de alimento. Os machos não trabalham, permanecendo
nas colmeias apenas em algumas épocas do ano, sendo o sendo
o seu papel o de fecundar as rainhas virgens, durante o vôo
nupcial.
O
tamanho das populações dos vários tipos de
abelhas varia de acordo com a espécie considerada. As abelhas
africanizadas (Apis mellifera scutellata) estão hoje
espalhadas por todo o país e são responsáveis
por grande parte de nossa produção de mel. Não
sendo muito exigentes quanto ao local de nidificação,
podem ser encontradas tanto no campo, como na cidade. Podemos observá-las
em grande número visitando flores; nas cidades, são
comuns nas padarias, junto aos pães doces ou outros locais
açucarados. No interior, é bastante comum vermos enxames*
destas abelhas se deslocando. Constróem favos de cera, cujas
células justapostas são de formato hexagonal. Nestas
células são colocadas as crias e armazenado o alimento.
As abelhas do gênero Apis foram introduzidas nas Américas,
onde se adaptaram muito bem; são, muitas vezes, agressivas
e morrem após ferroarem.
As
abelhas indígenas sem ferrão são representadas
no Brasil por mais de 400 espécies (jataí, irapuá,
jandaíra, iraí, uruçu, borá, mirim,
etc.). Seus ninhos podem ser aéreos, em ocos ou subterrâneos,
apresentando geralmente uma entrada bastante típica para
a espécie considerada.
O material
usado na construção é o cerume (mistura de
cera produzida pelas abelhas e resina vegetal coletada nas árvores);
seus favos de cria têm uma arquitetura bem diferente dos potes
de alimento. Apesar de não possuírem ferrão,
essas abelhas se defendem enrolando no cabelo ou colocando pequenas
pelotas de resina no agressor. O tamanho das abelhas varia de espécie
para espécie, de aproximadamente 3mm a 2cm.
J?
as mamangavas s? abelhas robustas, com muitos pelos no corpo e
com um ferr? poderoso que permite ?abelha ferroar v?ias vezes
o inimigo. Seus ninhos, subterr?eos, s? iniciados por uma ?nica
f?ea, a rainha, que executa todas as tarefas at?emergirem as primeiras
oper?ias. Estas abelhas n? produzem mel comercialmente, mas t?
um papel importante na poliniza?o de certas plantas, como o tomate,
piment?, entre outras.
*
Enxames
são grupos de abelhas que voam juntas com finalidade comum;
pode ser uma col?ia, composta por rainhas fecundadas, machos e
oper?ias, ou parte da col?ia, que vai fundar novo ninho.
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