O
método de acetólise
1. O material
deve ser colocado em tubos de centrífuga graduados e com fundo
cônico e deve-se acrescentar 10ml ácido acético
glacial;
2. centrifugar o material durante 5 minutos a 2.000rpm;
3. eliminar o sobrenadante;
4. preparar a mistura de acetólise que consiste em juntar ácido
sulfúrico mais anidrido acético (1:9);
5. colocar 5ml dessa mistura dentro de cada tubo;
6. levar os tubos com a mistura, ao banho-maria, durante mais ou menos
2 minutos a 100oC;
7. centrifugar a mistura ainda quente durante 5 minutos a 2000rpm;
8. eliminar o sobrenadante;
9. colocar no tubo 10ml de água destilada mais uma gota de álcool;
10. centrifugar e eliminar o sobrenadante novamente;
11. acrescentar nos tubos 5ml de uma mistura de água destilada
mais glicerina (1:1) e deixar o material nesta mistura de 30 minutos
a 24 horas;
12. centrifugar, eliminar o sobrenadante e colocar o tubo de boca para
baixo sobre papel de filtro.
Montagem
das lâminas
1) Usando
um estilete esterilizado, retirar uma pequena porção de
gelatina glicerinada (aproximadamente 2mm de diâmetro);
2) tocar o material depositado no fundo do tubo com a gelatina de modo
que algum material fique preso na gelatina;
3) colocar o conjunto em uma lâmina de microscópio. É
necessário montar três lâminas para cada material
a ser analisado;
4) aquecer a lâmina para a fusão da gelatina com o auxílio
de uma placa aquecedora;
5) colocar a lamínula delicadamente sobre o material;
6) colocar novamente a lâmina sobre a placa aquecedora e aplicar
parafina derretida em um dos lados da lamínula com o auxílio
de um estilete. A parafina, rapidamente, penetrará por capilaridade
no espaço entre a lâmina e a lamínula, contornando
a preparação de gelatina glicerinada que contam os grãos
de pólen;
7) vire as lâminas com a lamínula para baixo sobre um papel
de filtro. Enquanto a parafina solidifica, os grãos de pólen
depositam-se junto à lamínula, facilitando dessa forma
a observação dos grãos de pólen.
Dicas
1) Use
uma capela para absorver os vapores dos ácidos utilizados no
processo de acetólise porque todos eles são tóxicos.
2) Algumas famílias botânicas apresentam grãos muito
frágeis. Se esse for o caso de algum dos materiais que serão
acetolisado pode-se fazer duas coisas: diminuir o tempo em que o material
permanece em banho-maria (fase 6 do método da acetólise)
e/ou colocar pedaços bem pequenos de massinha de modelar nos
quatro cantos da lamínula, para evitar que ela pressione e deforme
os grãos de pólen. Há casos porém em que
os grãos são sensíveis demais e acabam sendo totalmente
destruídos pela acetólise, mas estes casos são
exceções. Porém, é prudente ter isso em
mente e até que se tenha idéia de quais são as
plantas da região estudada que possuem essa característica,
sugere-se que seja montada uma lâmina a fresco.
3) Alguns grãos apresentam formatos que dificultam em muito sua
observação, pois eles tendem a cair sempre em uma determinada
posição. Nesses casos, pode-se preparar uma lâmina
da seguinte forma. Com o auxílio da gelatina glicerinada, coloca-se
um pouco do material centrifugado sobre a lâmina. Descarta-se
então a gelatina glicerinada e deposita-se uma gota de uma mistura
de água destilada e glicerina líquida (1:1), sobre o material
na lâmina. Coloca-se então a lamínula sobre o material.
A lâmina deve ser posta no microscópio e usando um estilete,
deve-se tocar cuidadosamente a lamínula de tal forma a causar
a movimentação dos grãos de pólen, que rolarão
livremente na gelatina líquida. Ao mesmo tempo, deve-se observar
o grão no microscópio. Dessa forma será possível
ter idéia de como é o formato do grão. A lâmina
preparada dessa forma pode ser depois descartada ou então protegida
com parafina, como descrito acima.