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Métodos de Pesquisa

Laboratório de Abelhas - USP

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- Item 03 -
ECOETOLOGIA DE INSETOS SOCIAIS

MÉTODOS

1) Mapeamento de favos de cria

2) Razão sexual (sex ratio)

3) Marcação de rainha fecundada (rainha fisogástrica) ou outros indivíduos da colmeia

4) Introdução de rainha de uma espécie poligínica em uma colônia órfã

5) Morfometria

2) Razão sexual (sex ratio)

Retirar com cuidado o último favo (favo inferior) com abelhas prontas para emergir ou com pupas com olhos pigmentados (ver fotos). Colocar o favo retirado em uma placa de Petri grande (de acrílico ou vidro) com pedacinhos de isopor para não amassar o favo. Colocar uma etiqueta na placa com as seguintes informações: espécie, número da colônia, data, coletor e, se possível, o estado da colônia (forte, média).

Com o auxílio de um alfinete entomológico número 3 ou 5 (dependendo do tamanho da célula) abrir cada célula de cria e analisar o sexo e a casta do indivíduo com o auxílio de pranchas especializadas (Camargo et al, 1967). Observar os olhos, o número de artículos das antenas (operárias e rainhas com 12 artículos e macho com 13), o desenho do clípeo e a corbícula (usar lupa, caso haja dúvida). Anotar o sexo e a casta da abelhas em uma folha de papel impressa com hexágonos, que representam as células de cria, escolhendo uma simbologia qualquer.

Passar as informações da placa de Petri para a folha em que a razão sexual foi descrita e recolocar o favo aberto de volta na colônia de origem, próximo à pilha de favos de cria.

Caso o laboratório tenha recebido um favo vindo de outra localidade, depois de aberto e analisado, ele pode ser colocado em uma colônia do próprio meliponário, desde que pertença à mesma espécie.

Caso não se deseje que os sexuados sejam mantidos na colônia receptora, coletar as pupas de acordo com o sexo e colocá-las em um vidro com álcool 70%. Para identificá-lo, coloque uma etiqueta no vidro com o nome da espécie, número da colônia, localidade, coletor, data de coleta e sexo da abelha (macho ou rainha virgem) e deposite-o na coleção

Se houver a intenção de futuramente, fazer análise molecular, coletar as pupas e colocá-las em um vidro com álcool absoluto (99,9%) fechado com tampa com borracha. Cada vidro deve conter espécimes de sexos iguais e da mesma colônia. Nunca se deve misturar espécimes de sexos diferentes, nem de colônias diferentes, mesmo que o recipiente não esteja cheio. Etiquetar de forma clara, como descrito anteriormente, e colocar o vidro no freezer.

Caso os indivíduos do favo retirado sejam muito jovens (em estágio de larva ou de pupa com olhos não pigmentados), colocar o favo, devidamente etiquetado, em uma estufa a 28ºC. Esta deve estar isenta de odores e, se possível, destinada apenas para esse fim. A cada dia, abrir uma célula de cria e verificar o grau de coloração dos olhos.

Referência

Camargo JMF; Kerr WE & Lopes CR. 1967. Morfologia externa de Melipona (Melipona) marginata Lepeletier (Hymenoptera, Apoidea). Pap. Av. Zool., v.20, n.20, p.229-58.
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